
A Química da Arte
Entre os enormes prédios e arranha-céus da Avenida Paulista, são escritas diversas histórias todos os dias. Em uma esquina da Paulista com a Alameda Casa branca, próximo ao Parque Tenente Siqueira Campos, encontramos a história de um sonhador. O artista em questão chama-se Juarez Gomes, de 45 anos, que dá um pouco de cor para a avenida.
Com uma escultura de uma índia e pinturas em madeira, Juarez revela parte de seu segredo: “quando eu era pequeno, descobri uma fórmula química que me ajudaria na criação de esculturas”. Quando é indagado qual fórmula mágica é essa, Juarez afirma ser um segredo guardado a sete chaves. Seu rosto ilumina-se ao contar que desde criança, sempre foi apaixonado por arte, que por sinal, aprendeu sozinho. Isso por praticar todos os dias sem parar.
Por Jaqueline Sobreira

Juarez tem o mesmo sonho desde criança: ser um renomado artista. Entre suas inspirações, estão lembranças da cidade natal, Manaus, onde conheceu uma tribo indígena. Juarez encantou-se por uma certa índia da tribo, que hoje não recorda mais o nome. O rosto da jovem ficou tão presente em sua memória, que ele construiu uma escultura para retrata-la. “Além da minha fórmula química, usei material reciclado para fazer que ela ganhasse movimento ao ser tocada”, conta.
Em 2009, com 38 anos, saiu de Manaus rumo a São Paulo, já que a capital poderia ser uma oportunidade de realizar o objetivo. Ao chegar aqui, descobriu que nem tudo era simples como seu dom artístico: morando há mais de 3 horas da Paulista, Gomes expõe sua arte dia sim dia não. Isso porque, segundo ele, a viagem é muito cansativa.
A diferença entre a realidade que viveu em Manaus com a vida de São Paulo não atinge sua perspectiva. Ao expor sua obra, acredita que alguém ligado a artes plásticas o descubra e transforme sua vida como um passe de mágica. No final dessa matéria, que para ele foi considerada um presente, Juarez ainda insiste: “quem sabe assim eu não fique famoso, não é mesmo?”.
![]() | ![]() | ![]() |
---|